Comentários de Abertura

Comentários de Abertura

 

Tarifas e inflação devem ser o foco em Wall Street nesta semana. O presidente Trump deve fazer mais anúncios sobre tarifas no início da semana, enquanto também teremos dados de inflação nos níveis do consumidor e do produtor na quarta e quinta-feira, seguidos pelos dados de vendas no varejo na sexta-feira. Os futuros de ações apontam para uma abertura em alta nesta semana, mas ainda é preciso ver como as manchetes influenciarão o mercado. O índice de volatilidade VIX está sendo negociado próximo a 16 esta manhã, enquanto o dollar index está em torno de 108,2. Os títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA estão perto de 4,48%, enquanto os títulos de 2 anos estão sendo negociados próximos a 4,27%. Os preços do petróleo bruto registram ganhos de 1% esta manhã, enquanto o setor de grãos e oleaginosas apresentou movimentos mistos a mais firmes, com os preços do milho e do trigo se fortalecendo com a abertura dos mercados dos EUA.

O presidente Trump pretende impor novas tarifas de 25% hoje sobre as importações de aço e alumínio, segundo comentários feitos a repórteres no domingo. Os países que devem ser mais afetados por essas novas tarifas incluem Canadá, México, Alemanha e exportadores asiáticos, embora os EUA tenham importado aço de 79 países em 2024 e alumínio de 89 países, com um valor total superior a US$ 49 bilhões. As novas tarifas de 25% devem ser aplicadas além de quaisquer tarifas já existentes. O Canadá exporta aproximadamente US$ 7,1 bilhões em aço para os EUA anualmente, enquanto o México ocupa o segundo lugar com US$ 3,5 bilhões. O Canadá também exporta US$ 9,4 bilhões em alumínio para os EUA, seguido pelos Emirados Árabes Unidos, com menos de US$ 1 bilhão. Essas tarifas seriam separadas dos 25% aplicados a todos os produtos vindos do Canadá e do México, que atualmente estão suspensos enquanto Trump avalia se os dois países estão cumprindo seus compromissos de reforçar a segurança nas fronteiras com os Estados Unidos. O presidente Trump também deve anunciar no início desta semana tarifas recíprocas, nas quais os EUA igualariam as tarifas atualmente aplicadas a seus produtos por outros países. Esse anúncio é esperado para terça ou quarta-feira, enquanto a decisão sobre as tarifas de alumínio e aço pode ser feita ainda hoje.

Trump suspendeu temporariamente suas tarifas de 10% sobre pacotes menores importados da China, avaliados em menos de US$ 800, mas essa pausa foi mais uma questão logística do que uma concessão. A suspensão deve durar apenas o tempo necessário para que o Departamento de Alfândega dos EUA implemente seu sistema de arrecadação de receitas. Tanto na China quanto nos Estados Unidos há rumores sobre uma possível retomada do acordo comercial firmado entre os dois países durante o primeiro mandato de Trump, mas, por enquanto, esse processo parece levar tempo. Trump e o presidente chinês Xi Jinping pareciam estar avançando rapidamente em direção a um novo acordo em janeiro, mas as negociações esfriaram um pouco em fevereiro. O acordo da Fase Um assinado no primeiro mandato de Trump impulsionou a agricultura, e há especulações de que sua reativação poderia trazer um efeito semelhante agora, com rumores sugerindo compras iniciais de até 3 milhões de toneladas de soja dos EUA e 2 milhões de toneladas de milho – ambos provavelmente destinados aos estoques estratégicos da China. No entanto, a China aumentou suas compras de soja do Brasil e da Argentina na última semana. A soja brasileira é simplesmente mais barata do que a dos EUA, mas não pode ser armazenada nos estoques estratégicos da China, pois não possui a mesma durabilidade. Já as compras de soja argentina sugerem que os EUA deixaram de ser a principal opção da China para abastecimento de seus estoques.

Os dados de preços ao consumidor dos EUA serão divulgados na quarta-feira desta semana. Hoje, a China divulgou seus dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), indicando um aumento modesto da inflação em algumas áreas que receberam estímulos. O índice de inflação geral subiu 0,5% em janeiro na comparação anual e 0,7% em relação ao mês anterior. O crescimento anual superou as expectativas, registrando o ritmo mais rápido dos últimos cinco meses. O setor de turismo liderou os ganhos em janeiro, com alta de 11,6% no mês e 7% no ano. Os serviços tiveram um aumento anual de 5,4%. No entanto, os preços permaneceram contidos devido à demanda fraca na maioria dos setores, com vestuário caindo 0,4% ao ano e os preços dos aluguéis reduzindo 0,2%. Os preços da carne suína subiram 1% no mês e 13,8% no ano, enquanto a carne bovina caiu 0,1% no mês e 13,1% no ano. Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que mede os preços no atacado, caiu 2,3% na comparação anual de janeiro, marcando o 28º mês consecutivo de deflação na produção chinesa. O PPI é considerado um indicador antecedente da inflação geral da China, sugerindo que a economia do país permanecerá em um estado de deflação por mais algum tempo, reduzindo ainda mais a demanda por commodities.

O relatório de sexta-feira do CFTC sobre a posição dos traders confirmou a continuidade da tendência de aumento da exposição de fundos ao setor de grãos e oleaginosas. Os fundamentos de oferta e demanda indicam que esse movimento faz mais sentido para o milho e o trigo, mas a soja também tem recebido fluxo positivo de investimentos até o momento. O clima na América do Sul continua a se tornar mais favorável. O relatório do USDA, que será divulgado amanhã, provavelmente mostrará um aumento nas exportações de milho dos EUA e pequenos ajustes nas estimativas de produção sul-americanas, além de mais uma redução nas exportações russas de trigo para o atual ano de comercialização. Fora isso, o relatório de amanhã deve ser relativamente tranquilo.

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