Comentários de Abertura

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Comentários de Matt Zeller, Analista Sênior de Inteligência de Mercado

O índice Dow Jones Industrial Average registrou dois dias consecutivos de ganhos sólidos, aproximando-se novamente de suas máximas históricas, com os futuros apontando para mais um dia positivo nesta manhã, à medida que as preocupações com tarifas diminuem e os dados econômicos e os balanços corporativos continuam a apresentar um cenário favorável. Os títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA subiram de 4,42% para 4,44% nesta manhã, enquanto o ouro e o bitcoin permanecem estáveis; o petróleo WTI recupera cerca de meio dólar, com o dólar americano também registrando uma leve valorização, enquanto o índice de volatilidade VIX segue em um patamar bastante baixo, em torno de 16 pontos.

Os novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentaram na semana mais recente, encerrada em 1º de fevereiro, para 219 mil – acima da expectativa média do mercado de 213 mil e superior aos 208 mil da semana anterior (valor que foi revisado ligeiramente para cima em relação ao número divulgado anteriormente). Os pedidos contínuos de auxílio-desemprego para a semana encerrada em 25 de janeiro também superaram as estimativas, totalizando 1,886 milhão, acima da média esperada de 1,870 milhão e dos 1,850 milhão registrados na semana anterior (que, por sua vez, foi revisada para baixo em relação ao valor original de 1,858 milhão). Os pedidos de seguro-desemprego permanecem em níveis próximos aos observados antes da pandemia de COVID-19 e, juntamente com os dados recentes de emprego no setor privado, corroboram as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, na semana passada, de que o mercado de trabalho está “bastante estável”. Os dados oficiais de folhas de pagamento não agrícolas e taxa de desemprego referentes a janeiro serão divulgados amanhã; o mercado projeta uma queda na criação de empregos, de 256 mil em dezembro para 170 mil em janeiro – o menor nível em quatro meses.

A China protocolou ontem uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas de 10% impostas pelo presidente Trump, classificando-as como medidas “protecionistas” que violam as regras da OMC. Esse é apenas o início formal de um processo de disputa que, no entanto, dificilmente trará algum alívio para a China, já que um caso semelhante de 2020 sobre as regras comerciais impostas por Trump ainda não teve uma decisão final, devido à inoperância do órgão de apelação da OMC. O ponto mais relevante desse embate seria uma possível reunião entre os presidentes Trump e Xi, embora ainda não haja nenhuma ligação agendada entre os dois líderes. Trump parece disposto a manter essas tarifas iniciais em vigor a partir de uma posição de força, mesmo após a China ter respondido com tarifas direcionadas, sanções e investigações.

O governo do México anunciou ontem a reversão de sua posição sobre a proibição das importações de milho geneticamente modificado, após perder uma decisão no final do ano passado no âmbito do acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA). Desde um decreto de fevereiro de 2023, o país havia proibido a importação de milho transgênico, mas essa decisão abre caminho para seu consumo. Ontem, o México realizou sua maior compra diária de milho norte-americano da safra nova (2025/26) desde meados de outubro, adquirindo 333 mil toneladas (pouco mais de 13 milhões de bushels), elevando as vendas acumuladas da nova safra para quase 1,2 milhão de toneladas (47 milhões de bushels) – a grande maioria das vendas de milho de safra nova registradas até o momento. O México também foi o principal destino das exportações de milho da safra atual (2024/25) nesta semana, com quase 254 mil toneladas adquiridas. Desde o início do ano comercial, em 1º de setembro, o país lidera as compras com 16,44 milhões de toneladas, acima dos 15,81 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado – consolidando-se como o principal motor do programa de exportação de milho dos EUA para 2024/25, que tem superado as expectativas.

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