Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 03/01 a 10/01/2025

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Fonte: StoneX cmdtyView. *Valores referentes à variação do primeiro contrato contínuo para as respectivas commodities. 
 
Asset 1  CÂMBIO
Dólar se fortalece no exterior pela sexta semana consecutiva e atinge o maior valor desde novembro de 2022

A semana foi marcada pelo fortalecimento generalizado do dólar frente a outras moedas, por conta de novos dados econômicos mais aquecidos para os EUA, discurso cauteloso de autoridades do Federal Reserve e receios de barreiras tarifárias com o início do governo Trump. No Brasil, o cenário foi de ampla volatilidade, porém com devolução parcial da exigência de prêmios de risco para ativos brasileiros. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão desta sexta-feira (10) cotado a R$ 6,103, variação de -1,3% na semana e de -1,2% no mês e no ano. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 109,6 pontos, ganho semanal de 0,7%, mensal de 1,4% e anual de 1,4%.

 
cAsset 2  SOJA
WASDE entrega suportes para soja voltar a operar acima de US$10,00/bu 

Os futuros da soja tiveram um avanço significativo na primeira semana completa do ano, com o vencimento de março avançando 3,4% para fechar a US¢1025,25/bu. A semana foi marcada por uma revisão no balanço de Oferta & Demanda do USDA, fato que deu força para os futuros da oleaginosa na sexta-feira. Os novos números do departamento trouxeram uma redução nos rendimentos da soja nos EUA, o que tirou cerca de 2,6 milhões da produção no país. Com isso, uma perspectiva de estoques menores favoreceu os preços em Chicago. O USDA ainda não fez revisões para os números de produção da América do Sul. Sabe-se que o Brasil deve colher uma safra robusta; no entanto, preocupações com um clima mais seco na porção sul do Brasil e em algumas regiões importantes da Argentina voltaram a gerar temores no mercado. Na semana, passada, a StoneX realizou, em um relatório exclusivo para clientes, um levantamento avaliando os potenciais de perda da safra de soja no Rio Grande do Sul.

 
cAsset 1  MILHO

WASDE altista mantém milho em trajetória de alta

Os futuros do milho abriram a semana passada em alta, enquanto o mercado reagia a uma notícia do Washington Post de que o novo presidente dos EUA, Donald Trump, poderia adotar uma política tarifária mais branda, focando em setores considerados estratégicos, em um primeiro momento. A notícia pressionou o dólar e deu força para as commodities agrícolas, com ganhos para a soja (+0,45%), o trigo (+2,03%) e o algodão (+1,55%), além do milho. No entanto, ao longo do desenrolar da semana o mercado seguiu mais calmo, conforme esperava-se com certa ansiedade o WASDE de janeiro, que costuma trazer surpresas para o mercado. E, como de praxe, as surpresas fizeram efeito sobre os preços, que avançaram 3% apenas na sexta-feira. No agregado da semana, o milho viu ganhos de 4,4% ao encerrar a sexta-feira negociado a US¢470,50/bu em Chicago. A grande novidade trazida pelo USDA no WASDE de janeiro foi uma revisão para os estoques finais de milho dos EUA. O país, que é o maior produtor de milho do mundo, viu uma safra se desenvolvendo muito bem em 2024, o que fez com que o USDA estimasse, em certos momentos, uma produtividade recorde de impressionantes 11,54 ton/ha. O que foi visto a partir do relatório de janeiro, no entanto, foi que essa previsão estava excessivamente otimista, com o número sendo revisto agora para 11,25 ton/ha. A revisão tirou 7 milhões de toneladas da estimativa de oferta da safra 2024/25 do país, trazendo os estoques para 39,12 milhões de toneladas (11,4% a menos do estimado em dezembro), o que entregou suportes para o cereal operar acima dos US¢470/bu pela primeira vez desde 2023. 

> Clique aqui e acesse o relatório completo

 

Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleo de soja registra forte alta após anúncio do novo programa de subsídios para biocombustíveis nos EUA

Os óleos vegetais se valorizaram na última semana, no entanto, o grande destaque ficou para o óleo de soja, que registrou um avanço impressionante de 14,1%, terminando a sexta-feira (10) cotado a US¢ 45,6/lb. Essa foi a maior variação em uma semana para o primeiro vencimento desde 1988. O período contou com alguns fatores de influência. No início da semana, uma forte queda dos preços do farelo, em meio à perspectivas favoráveis para a produção na Argentina, impactaram positivamente o óleo, de maneira a manter equilibrada as margens de esmagamento dos produtores. Já na sexta-feira, quando a CBOT registrou alta diária de 6,6%, o óleo contou com a influência de uma forte alta nos preços do petróleo, mas principalmente da divulgação das diretrizes iniciais para o Clean Fuel Production Credit (CFPC), novo programa de incentivo para biocombustíveis dos Estados Unidos.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Fundamentos altistas ganham força no mercado internacional da ureia 

No mercado internacional da ureia, os fundamentos altistas ganharam força. Entre os fatores de alta nesse segmento, estão: uma nova rodada de importação de ureia na Índia, cortes na produção de nitrogenados no Irã e expectativas de aumento do consumo de fertilizantes na em países da América do Norte, como os Estados Unidos. Nesse contexto, os preços CFR da ureia aumentaram no Brasil. No mercado de fosfatados, pouca mudança: uma pequena redução nas cotações do MAP, e estabilidade para outros produtos do setor. Por fim, um novo crescimento dos preços do cloreto de potássio também marcou a semana. 

 
Asset 12  PECUÁRIA
Preços operam levemente em alta puxados pelas subidas nos valores de reposição 
A segunda semana de 2025 mostra avanços na maioria das praças para os preços do boi gordo, coincidindo com altas nas cotações de reposição. Como é característico em períodos de virada de ciclo, a escassez de animais para terminação afeta diretamente os valores negociados, o que deverá acontecer no ano inteiro uma vez que cada ciclo leva no mínimo três anos para voltar a aumentar o rebanho. De qualquer forma, um fator que continuará também sendo seguido de perto é a demanda chinesa, dado que o anúncio do governo de investigações nas importações de carne. Lembrando que, em 2024, a China foi responsável por mais de metade de todos os envios do Brasil. Porém, também é sabido que a oferta interna do gigante asiático ainda não consegue responder a sua demanda, pelo que no decorrer das próximas semanas poderá ser observado como essa decisão sanitária acaba afetando ou não o comércio internacional. Com relação ao mercado futuro, se observa certa estabilidade, com leves avanços para os contratos de janeiro, que agora opera em R$ 328,3/@, assim como nos de fevereiro, que passou para R$ 329,5/@.   
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
A última semana marcada, novamente, por retração nos preços do açúcar bruto e branco.

As telas mais líquidas em Nova Iorque e Londres, com vencimento para março, experienciaram quedas semanais, finalizando o período em US¢ 19,22/lb (-2,2%) e US$ 503,5/ton (-2,1%), respectivamente. Os fundamentos de baixa pelo lado da oferta seguem influenciando o mercado, mesmo sob avanço de 4,1% nos preços do petróleo na semana – o que costuma fornecer suporte ao adoçante. O cenário de bom desenvolvimento para a safra 2025/26 no Centro-Sul brasileiro e indicativos otimistas para as safras do Hemisfério Norte seguem exercendo pressão baixista, mesmo com influência em certa medida altista vinda de outros mercados – como pela valorização do petróleo e apreciação do real na semana.

Etanol registra máxima desde abril/23
Após finalizar 2024 perto dos R$ 3,17/L, os preços do etanol hidratado avançaram 18 centavos em poucos dias, alcançando a marca de R$ 3,35/L durante esta semana.
O avanço acelerado dos preços sinaliza o patamar aquecido de saídas das usinas durante a entressafra, a recomposição de estoques das distribuidoras após os feriados de final de ano assim como uma possível antecipação do movimento altista aguardado para fevereiro – mês que será marcado por um aumento de R$ 0,10/L no ICMS da gasolina nas bombas – favorecendo os preços do etanol.
 
Asset 7  CAFÉ
Futuros de café apresentaram resultados mistos

Os preços futuros de café encerraram a última semana com resultados mistos. Após uma queda na semana anterior, os futuros de arábica fecharam em alta, com o contrato mais ativo subindo 520 pontos (+1,6%), atingindo US¢ 323,85/lb. Em Londres, o contrato mais ativo teve ligeira queda de USD 2/ton, resultando em uma semana de pouca variação.

Nesta segunda-feira, os preços mostraram grande volatilidade, com desempenhos distintos entre os mercados: Nova York registrava alta de 315 pontos (+0,97%), a US¢ 327,00/lb, enquanto Londres apresentava queda de USD 49/ton (-0,99%), cotado a USD 4.917/ton no momento da escrita deste relatório. A oscilação nos preços reflete principalmente fatores técnicos e a atuação de agentes especulativos.

 
Asset 5  CACAU
Cacau recua na semana anterior aos dados globais de moagem

Na semana passada, os preços futuros de cacau reverteram a tendência de alta registrada na semana anterior, encerrando o período em baixa. A desvalorização semanal interrompe a trajetória de valorização iniciada em outubro de 2024, quando irregularidades climáticas e o início da estação seca impulsionaram uma nova escalada nos preços, levando-os a atingir os maiores valores nominais históricos. Nas últimas semanas, os contratos futuros de cacau têm apresentado volatilidade particularmente acentuada. Entre os possíveis fatores que podem explicar esse comportamento, analistas destacam o rebalanceamento de carteiras por parte de fundos de investimento, prática comum nesse período do ano e que pode estar influenciando a dinâmica de algumas commodities. Além disso, a proximidade da divulgação de dados de moagem nas principais regiões consumidoras de cacau pode estar levando especuladores a antecipar movimentos de proteção contra possíveis surpresas nos dados.

 
Asset 6  ALGODÃO
EUA terão maiores estoques de algodão dos últimos anos e mercado reage
Na sua última estimativa de Oferta & Demanda globais, o USDA trouxe uma revisão positiva para a produção de algodão nos EUA, bem como reduções para o número de exportações, o que fez com que o número para os estoques de passagem do país fosse colocado em 1,05 milhões de toneladas, maior volume desde a safra 2019/20. A notícia fez os mercados reagirem em baixa, com o vencimento de março/25 em Nova Iorque encostando no patamar dos US¢67/lb. As perspectivas para os fundamentos em vista desse cenário, principalmente tratando da safra norte-americana, que será plantada neste primeiro semestre, foram temas de alguns materiais exclusivos para clientes da StoneX. No Brasil, acompanhamos o início da colheita de soja, que deve abrir espaço para o plantio do algodão na segunda safra. Um volume significativo de chuvas no centro-oeste tem atrasado os primeiros trabalhos de campo na região, o que, se mantido, pode trazer um impacto para o plantio do algodão dentro da janela ideal.
 
Asset 8  PETRÓLEO
EUA ampliam sanções contra Rússia, promovendo escalada do petróleo

Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período com uma alta de 4,25%, sendo negociados na sexta-feira (10) a USD 79,76 bbl. Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, avançando 3,53% na semana, cotados a USD 76,57 bbl. O principal fator de apoio para os preços na última semana foi o anúncio de endurecimento das sanções americanas contra o setor energético de Moscou, ampliando o número de agentes envolvidos nas operações de comércio internacional de petróleo, gás e derivados russos. A medida pode afetar os movimentos de compra de diversos países no curto prazo, especialmente Índia e China, e pressiona o balanço global da commodity.

 
cAsset 3  DIESEL
NY Harbor ULSD atinge maior valor em sete meses
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período com uma alta expressiva, de 6,6%, terminando a sexta-feira (10) em USD 2,5017 por galão. Hoje pela manhã (13), os futuros do diesel mantiveram a tendência de alta, superando os USD 2,56 por galão pela primeira vez desde julho de 2024, influenciados principalmente pelo anúncio de novas sanções pelos EUA contra mais de 180 empresas que transportam petróleo, gás e derivados fornecidos pela Rússia. Vale lembrar que as expectativas sobre um avanço do consumo do combustível para calefação de ambientes no mercado norte-americano ao longo das próximas semanas em meio às ondas frias que atingem o país é outro fator que entrega suporte às cotações.
 
cAsset 3  GASOLINA
Aumento dos estoques nos Estados Unidos limita recuperação do RBOB
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB registrou alta de 1% cotado a USD 2,07 por galão na sexta-feira (10). Apesar de acumular alta no período – com os contratos no maior patamar desde outubro – esse movimento foi influência dos preços do Brent e da percepção de uma oferta de petróleo mais limitada no início do ano que precificado anteriormente, conforme a demanda por gasolina segue menos aquecida nos principais consumidores. 
 
 

 

Este documento contém opiniões do autor e não necessariamente reflete as estratégias da StoneX. As previsões de mercado são especulativas e podem variar. O investidor é responsável por qualquer decisão baseada neste material. A StoneX só negocia com clientes que atendem aos critérios legais. O aviso legal completo está em https://brasil.stonex.com/aviso-legal/.


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