Comentários de Abertura

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Os dados de inflação e vendas no varejo são o foco principal desta semana, começando com a divulgação do índice de preços ao produtor nesta manhã. Os números de hoje impulsionaram uma alta nos futuros de ações, com o índice de volatilidade VIX negociando abaixo de 19 e o dollar index próximo a 109,7. Os títulos de 10 anos do Tesouro caíram significativamente após a divulgação dos dados, mas se recuperaram levemente, passando do pico de 14 meses acima de 4,80% de ontem para cerca de 4,79% nesta manhã. Já os títulos de 2 anos estão próximos de 4,38%. Os preços do petróleo bruto também recuaram moderadamente em relação aos picos de cinco meses atingidos ontem, enquanto o setor de grãos e oleaginosas apresentou um tom misto e mais fraco durante a noite.

O índice de preços ao produtor (PPI) geral subiu 0,2% em dezembro na comparação mensal, abaixo dos 0,4% registrados em novembro e também das expectativas dos analistas, que eram de 0,3%. No acumulado do ano, o PPI geral subiu 3,3%, acima dos 3,0% do mês anterior, mas em linha com as expectativas. Já o núcleo do PPI, que exclui os setores mais voláteis de alimentos e energia, permaneceu estável em dezembro, contra um aumento de 0,2% no mês anterior e abaixo das previsões de nova alta de 0,2%. No acumulado anual, o núcleo do PPI subiu 3,5% em dezembro, ligeiramente acima dos 3,4% do mês anterior e das expectativas dos analistas. O copo proverbial está meio cheio ou meio vazio? Os dados de hoje trouxeram pontos positivos tanto para os "contracionistas" quanto para os "expansionistas". O que importa é que o mercado continua focado no lado positivo: a inflação subjacente permaneceu estável em dezembro. O problema se concentrou nos preços de energia, que subiram 3,5% no mês, mas o Federal Reserve geralmente considera essas altas transitórias. Na prática, os custos de energia impactam quase tudo, e o Fed tomará nota se os preços elevados persistirem. Por ora, a premissa é que estamos no caminho certo. O foco agora se volta para os dados de preços ao consumidor de amanhã, que têm um peso maior do que o PPI.

O índice de otimismo das pequenas empresas, com base em uma pesquisa da Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB), revelou que o otimismo continua crescendo entre os pequenos empresários após as eleições. O índice subiu para 105,1 em dezembro, ante 101,7 em novembro e acima das expectativas dos analistas, que eram de 101,3. As estimativas dos analistas variavam entre 99,0 e 102,0, e o número divulgado superou até as expectativas mais otimistas. O economista-chefe da NFIB, Bill Dunkelberg, afirmou: “O otimismo na Main Street continua crescendo com as perspectivas econômicas melhoradas após as eleições. Os pequenos empresários estão mais confiantes e esperançosos em relação à agenda econômica da nova administração. As expectativas de crescimento econômico, inflação mais baixa e condições de negócios favoráveis aumentaram, impulsionadas pela perspectiva de políticas pró-negócios e nova legislação.” As pequenas empresas empregam cerca de 59 milhões de pessoas, representando quase 46% da força de trabalho do país, e criam quase dois terços dos novos empregos. Elas também respondem por cerca de 44% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.

O índice composto de ações de Xangai, na China, subiu 2,5% hoje, enquanto o índice composto de Shenzhen disparou 3,8%, impulsionado por evidências de que o banco central chinês está intervindo para sustentar o yuan frente ao dólar antes da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira. A China parece estar defendendo o yuan em 7,33 por dólar, em meio a temores de que novas tarifas da administração Trump possam exigir estímulos adicionais das autoridades chinesas para apoiar a economia, o que enfraqueceria ainda mais o valor do yuan. Por outro lado, um dado positivo foi o aumento de 3,8% no comércio da China com os países da Iniciativa Cinturão e Rota em 2024, com o comércio desses membros agora representando 50,3% do total de importações e exportações da China, uma alta de 6,4% no ano. Mais de 150 países já assinaram acordos para participar da iniciativa. A China constrói projetos de infraestrutura nesses países, frequentemente utilizando equipamentos fabricados na China, pagos com empréstimos de longo prazo, o que geralmente cria uma relação de dependência com o país asiático. A Iniciativa Cinturão e Rota impacta três quartos das reservas energéticas conhecidas no mundo e conecta mais de três quartos dos países globais. É a estratégia da China para se posicionar como superpotência e conquistar a lealdade dessas nações em sua disputa com o Ocidente.

O rali no setor de grãos e oleaginosas perdeu força durante a noite, à medida que os produtores aproveitaram os preços elevados de janeiro. Os preços começaram a subir durante as festas de fim de ano, mas ganharam novo impulso quando o USDA surpreendeu o mercado com cortes históricos no tamanho das safras de milho e soja do ano passado. O maior destaque foi a soja, cujo contrato de março subiu US$ 1 em relação à baixa de dezembro, pouco antes da maciça colheita do Brasil, já iniciada em Mato Grosso. Os gestores de fundos já estavam comprados no milho, apostando em mais oportunidades, o que foi confirmado pelo relatório de sexta-feira. Os preços do trigo têm sido mais reativos, e grande parte da força na soja e no trigo se deve à cobertura de posições vendidas por fundos, com alguns usuários finais entrando no mercado. O rali ocorreu no momento ideal para aumentar as áreas de milho safrinha no Brasil e incentivar mais plantio no Meio-Oeste dos EUA na próxima temporada, mas também deixa os preços do milho vulneráveis a possíveis problemas climáticos ao redor do mundo no futuro.

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