Fonte: StoneX cmdtyView. *Valores referentes à variação do primeiro contrato contínuo para as respectivas commodities.
A semana foi marcada pela volatilidade no mercado de moedas após a divulgação de dados econômicos mistos para os EUA, sem alterar as percepções de que o Federal Reserve deve cortar juros na decisão deste mês. No Brasil, investidores acompanharam notícias sobre a tramitação do pacote de medidas econômicas do governo no Congresso Nacional. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão desta sexta-feira (06) cotado a R$ 6,077, ganho semanal de 1,26%, mensal de 1,26% e anual de 25,5%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 106,0 pontos, variação de +0,2% na semana, +0,2% no mês e de +4,6% no ano.
As cotações da soja operaram entre perdas e ganhos na semana passada, mas conseguiram encerrar o período no verde, com o vencimento de janeiro/25 fechando a semana a US¢ 993,75/bu, ganho de 0,4% na semana. Fatores altistas, como boas vendas de exportação nos EUA e importações mais fortes da Índia, ajudaram a guiar o mercado para essa direção. Ainda assim, um bom andamento da safra sul-americana, com um clima que tem sido favorável por boa parte da área de soja em Brasil e Argentina, tem limitado ganhos para as cotações em Chicago. O WASDE mais recente, publicado na terça-feira (10), trouxe uma relação estoque/uso levemente menor para a soja do que o trazido no mês anterior, mas o relatório não trouxe grandes novidades.
Milho volta a se recuperar em Chicago, com vendas de exportação que seguem fortes
Os futuros do milho se valorizaram na semana passada. O vencimento de março/25 encerrou a sexta-feira negociado a US¢ 440,00/bu, ganhos de 1,6% na semana. O mercado segue acompanhando os robustos volumes de vendas de exportação dos EUA, que têm encontrado o México como comprador relevante. Para além disso, o mercado estará atento, na ponta da oferta, à safra sul-americana. No entanto, com uma área menor na Argentina e com um Brasil que concentra a maior parte de sua produção na segunda safra, os agentes ainda aguardam o plantio da safrinha por aqui. Ainda assim, o clima vem sendo favorável para a soja e para o milho safra em boa parte do território brasileiro, o que pode resultar em níveis bons de produtividade. Já na B3, os futuros de milho seguiram o movimento de Chicago, com ganhos sendo ampliados pela desvalorização do câmbio. O vencimento de janeiro/25 encerrou a sexta-feira negociado a R$73,97/saca (+3,2%).
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Depois de demonstrarem volatilidade elevada ao longo do mês de novembro, os óleos vegetais encerraram a semana em valorização, em início de dezembro que se mostrou mais flat principalmente para o óleo de soja. As prévias das importações indianas de novembro, indicando alta, os dados oficiais do USDA para esmagamento e consumo de óleo de soja nos EUA, novas exportações americanas do óleo e as especulações sobre o futuro do RFS (Renewable Fuel Standard), programa de biocombustíveis nos EUA, marcaram as movimentações da semana. A tela de jan/24 do óleo de soja terminou cotada a USD 43,0/t, alta de 2,9%.
O óleo de palma registrou mais uma semana em valorização, com o mercado recebendo suporte das prévias das importações indianas em novembro, das estimativas de queda nos estoques da Malásia, e do clima adverso no segundo maior produtor global, que tem gerado riscos para a colheita. A tela de jan/25 fechou cotada a USD 1.186/t, alta de 2,8% na semana.
Nos últimos dias, houve um aumento dos preços CFR da ureia no Brasil. Há rumores de que a Índia poderá anunciar uma nova licitação em breve, e essa expectativa ajudou a sustentar as cotações no mercado internacional. No mercado de fosfatados, as cotações do MAP permaneceram estáveis por mais uma semana, apesar dos relatos de que a demanda está reduzida Brasil. Por fim, após um crescimento do interesse por negociações no setor de potássicos, os preços do KCl registraram um aumento, desde a semana passada.
No pregão de hoje (06), a primeira tela do açúcar em Nova Iorque, H25, apresentou forte alta de quase 3% (ou +61 pontos), sendo cotado a US¢ 21,81/lb – retornando a um patamar de 11 sessões atrás. O fechamento desta sexta, por sua vez, interrompe 8 semanas seguidas de queda, acumulando alta de 3,5% em relação à semana passada. Na contramão dos fundamentos, o março/25 não consegue romper o suporte de US¢ 21,00/lb, e apresenta certo “rebote” que pode ser (a confirmar nas próximas semanas) temporário. No geral, ainda existe tendência de queda, como foi mencionado no relatório, e a alta pode estar relacionada a fatores técnicos e especulativos.
Os preços futuros de café iniciaram a última semana com fortes perdas, tanto no terminal nova-iorquino como em Londres. Em Nova Iorque, uma forte liquidação de contratos resultou em um recuo de 2200 pontos (-6,9%) para o contrato com vencimento em março. Em Londres, a queda foi ainda mais intensa, de 10,6%. No entanto, os preços voltaram a avançar durante todo o restante da semana.
No balanço semanal, os preços futuros de café arábica tiveram um incremento de 1220 pontos (3,8%) para US¢ 330,25/lb. Em Londres, apesar da recuperação no final da semana, os preços fecharam a semana com um recuo de USD 261/ton (4,9%), fechando cotado em USD 5116/ton. A última semana foi marcada pela alta volatilidade dos preços, com a diferença entre a máxima e a mínima da semana alcançando US¢ 41,65/lb (14,4%) em Nova Iorque e USD 802/ton (17,8%) em Londres.
Entre 29 de novembro e 6 de dezembro, os preços futuros de cacau mantiveram trajetória de alta nas bolsas internacionais. No período, o contrato de março/2025 consolidou sua sexta semana consecutiva de valorização, acumulando alta de 56% desde 25 de outubro. Esse movimento reflete o aumento das percepções de risco em relação à safra 2024/25 no Oeste Africano, marcado por maior irregularidade climática desde setembro e por relatos locais que intensificaram as preocupações com o desenvolvimento da produção nos próximos meses. Em um contexto de estoques globais historicamente baixos, o receio de queda nas entregas de amêndoas vindas da região tem pressionado as cotações, sobretudo no curto prazo.
Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período com uma queda de 2,5%, sendo negociados na sexta-feira (06) a USD 71,12 bbl. Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, acumulando uma queda de 1,18% na semana, cotados a USD 67,2 bbl. O petróleo estendeu a tendência de queda da semana anterior, conforme perspectivas pessimistas sobre o consumo global da commodity e uma aversão ao risco entre os investidores pressionaram os futuros, levando os contratos do Brent para o menor nível em três semanas na última sessão. Isso ocorreu a despeito da OPEP+ confirmar que o grupo adiará em um trimestre a retomada da produção, devendo ser iniciada apenas em abril/25.
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