Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 22/11 a 29/11/2024

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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Recepção negativa às medidas econômicas do governo brasileiro levam a taxa de câmbio do real a R$ 6,00, maior valor nominal de sua história

A semana foi marcada pela reação negativa de investidores à divulgação das aguardadas medidas econômicas para ajuste fiscal do governo brasileiro, o que resultou em uma forte desvalorização do real e levou a taxa de câmbio aos seus maiores valores da história. No exterior, a moeda americana voltou a enfraquecer após oito semanas seguidas de ganhos, em um movimento de realização de lucros por investidores. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão desta sexta-feira (29) cotado a R$ 6,001, ganho semanal de 3,2%, mensal de 3,8% e anual de 23,7%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 10 pontos, variação de -1,7% na semana, +1,7% no mês e de +4,3% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Soja tem leve alta em semana mais esvaziada por causa de feriado nos EUA

As cotações da soja em Chicago terminaram a semana anterior em leve alta, mas, no geral, a oscilação ao longo do período foi limitada. Ademais, o feriado de ação de graças no dia 28/11 resultou em menores volumes de negociação. O vencimento para janeiro encerrou a sexta-feira (dia 29/11) em 989,5 cents por bushel, queda de 0,6%. O mercado de soja continua se deparando com as perspectivas de um balanço global mais folgado, com as estimativas de produção 24/25 superando consideravelmente o consumo.  Mesmo com a redução da produção dos EUA no último relatório do USDA, o balanço do país também se mantém confortável. Na América do Sul, as perspectivas para a produção de soja também continuam positivas, com estimativas de safra recorde no Brasil. O clima por aqui está no radar, com uma umidade um pouco mais baixa registrada no Sul do país no período recente, mas com as chuvas mais pesadas já retornando e aliviando as preocupações.

 
cAsset 1  MILHO

Milho cai em semana marcada por feriado e pouca liquidez nos EUA

Os futuros do milho recuaram na semana passada, com o março/25 encerrando a última sexta-feira negociado a US¢433,00/bu (-0,5%). Embora o mercado tenha refletido mais uma semana de fundamentos baixistas, fato é que o Thanksgiving nos EUA ajudou a limitar os volumes de negociações. Além disso, entra-se agora no mês de dezembro, um período em que as festas de final de ano devem fazer com que o mercado fique mais parado ao longo das próximas semanas. Ainda assim, o desenvolvimento das safras brasileiras serão fundamentais para as perspectivas de oferta e demanda globais, podendo trazer alguma volatilidade. No Brasil, os futuros do milho registraram uma baixa, com o janeiro/25 sendo negociado a R$71,65/saca. O movimento veio mesmo em um contexto de depreciação do Real em semana marcada pelo rompimento da barreira de 6 reais para o câmbio USDBRL.  

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleo de soja fecha semana em leve queda enquanto óleo de palma dispara na bolsa da Malásia

Depois de algumas variações semanais intensas, o óleo de soja terminou a semana passada em leve queda, com um mercado menos movimentado devido ao feriado de Dia de Ação de Graças na quinta-feira (28) nos Estados Unidos, quando parte do mercado esteve afastado dos negócios e a bolsa esteve fechada para operações na quinta e em parta da sexta-feira. A tela de jan/25 terminou o período cotada a US¢ 41,7/lb, 0,2%.

O óleo de palma registrou uma alta semanal expressiva, voltando a se aproximar das máximas registradas na primeira quinzena de novembro. Nos primeiros pregões da semana desempenho na produção malaia de novembro esteve no radar dos agentes, depois da ocorrência de chuvas intensas que podem ter afetado os trabalhos de colheita no país. Já no último dia, o mercado reagiu a novas declarações de membros do governo indonésio, reforçando que o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ocorrerá no início de 2025. O contrato para janeiro de 2025 fechou cotado a USD 1.157/t, acumulando forte alta de 9,3% na semana.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Queda para preços CFR da ureia, estabilidade para o MAP e ligeiro aumento para o KCl

No mercado de nitrogenados o sentimento de fraqueza ganhou força, e os preços CFR da ureia, do SAM e do NAM diminuíram no mercado brasileiro. No Brasil, as negociações da ureia acontecem por US$ 331/ton, o que corresponde a uma redução de US$ 10/ton em relação a semana passada. No mercado do MAP, comenta-se que há pouco interesse comprador no Brasil, mas, ainda assim, os preço desse fertilizante permanece estável no Brasil. Por fim, houve um crescimento do interesse por negociações no mercado de potássicos, e isso refletiu sobre os preços, que aumentaram desde a semana anterior. Vale lembrar que, por motivos sazonais, os últimos meses do ano costumam marcar uma redução da demanda por fertilizantes no Brasil. 

 
Asset 12  PECUÁRIA
Incertezas com a demanda freiam alta do recorde histórico no boi gordo
Após o índice contínuo do boi gordo na B3 ter ultrapassado a marca dos R$ 350/@ no final de novembro, neste começo de dezembro as atenções passaram a ser voltar para a demanda. Já sem dúvidas em relação com a retração na oferta pela virada de ciclo, as incertezas em relação com o nível de demanda tanto interno como externo fez com que os frigoríficos adotassem uma postura mais conservadora no começo do último mês de 2024. Assim, somente entre a segunda e a terça-feira (03/12) viu-se uma queda de R$ 5 nos valores físicos do boi comum brasileiro. Se observam preços menores para os contratos futuros de janeiro e fevereiro/25, pelo que o nível de consumo interno e aquilo demandado pelos principais compradores da carne brasileira será essencial para definir o patamar de valores negociados.      
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
H25 aprofunda quedas em Nova Iorque

Nesta sexta-feira (22), o contrato de março/25 fechou cotado a US¢ 21,36/lb na bolsa de Nova Iorque, queda de 22 pontos (-1%) em relação à semana passada. Como tem sido discutido desde a forte escalada do açúcar em setembro, o lado dos fundamentos pouco explicava as cotações nos patamares mais próximos de US¢ 23,00/lb, apesar de existir pressão altista no curto prazo de acordo com uma expectativa de déficit no trade flow no primeiro trimestre do ano que vem. De lá para cá, ao passo que as dinâmicas de oferta e demanda e o desempenho climático vêm performando de maneira esperada, a trajetória baixista tem sido o norte do mercado açucareiro, que aprofunda a desvalorização e fecha a terceira sexta seguida abaixo de US¢ 22,00/lb – nível que parece ser a resistência no momento.

Etanol recua após feriado na semana passada
Nesta semana, o mercado do etanol spot no estado de São Paulo registrou negócios em leve baixa após o estímulo causado pelos feriados do 15 e 20 de novembro, período de aumento na demanda das distribuidoras. Após alcançar negócios até o patamar de R$ 3,20/L, ao final desta semana os preços se estabilizam abaixo do patamar de R$ 3,15/L. A movimentação do produto condiz com o esperado para o mês, que deve ver aumento na média mensal de preços frente a outubro, mas ainda de maneira limitada, com o pico de preços esperado para março/25.
 
Asset 7  CAFÉ
Depois de alcançar máxima em 47 anos, preços futuros de café têm forte queda nesta segunda

Na última semana, os preços futuros de café seguiram avançando em meio às preocupações com a safra brasileira de 2025/26, a redução das estimativas do USDA para a safra 2024/25, as incertezas relacionadas à nova legislação EUDR e a queda nas exportações do Vietnã, cuja produção está sendo colhida, mas tem sofrido com o excesso de chuva.

Como nas últimas semanas, as preocupações com a safra brasileira continuam no centro das atenções. Há o temor de que a disponibilidade global para o ano que vem possa ser significativamente menor, principalmente para o café arábica. A estimativa preliminar da StoneX aponta para uma queda de 10,9% na produção de arábica em 2025/26. Além disso, os atrasos nos embarques das exportações, devido à menor disponibilidade de contêineres, têm elevado os custos de fretes, preocupando os agentes de mercado e contribuindo para os avanços nos preços.

No balanço semanal, os preços futuros de café arábica contabilizaram um avanço de 5,3%, para US¢ 318,05/lb no contrato mais ativo. Em Londres, o avanço semanal foi ainda mais intenso, de 9,2%, para USD 5377/ton. Na sessão desta segunda-feira (02), os preços em ambos os mercados apresentavam uma forte correção, com os preços recuando 7,17% para US¢ 295,25/lb em Nova York e 9,28% para USD 4878/ton em Londres, no momento da escrita deste relatório.

 
Asset 5  CACAU
Incertezas com safra no Oeste Africano seguem sustentando cotações de cacau

Na última semana, os preços futuros do cacau negociados em bolsa mantiveram a trajetória de alta observada nas semanas anteriores. A sequência de cinco semanas consecutivas de avanço reflete o aumento da percepção de risco em relação à safra 2024/25 (out-set) no Oeste Africano. Desde setembro, reporta-se forte irregularidade das chuvas na região, com precipitações intensas em outubro e significativa redução nas semanas subsequentes. Tal cenário tem intensificado temores de perdas na produtividade dos cacaueiros como consequência de potenciais condições climáticas menos adequadas. Compõe esse cenário, ainda, o mais recente relatório trimestral da Organização Internacional do Cacau (ICCO), divulgado em 29/11, que trouxe estimativas levemente mais apertadas para os estoques globais do produto na temporada 2023/24.

 
Asset 6  ALGODÃO
Algodão encerra semana em alta refletindo recuperação técnica
O março/25 para o algodão teve uma semana de ganhos modestos, tendo terminado a semana passada negociado a US¢71,93/lb, ganhos de 1,64% no período, que teve uma liquidez relativamente menor por conta do feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA. O mercado seguiu esboçando uma recuperação técnica após a desvalorização observada no começo de novembro, quando a pluma registrou uma queda de quase 6% em uma semana. Os fundamentos seguem relativamente escassos, com o mercado aguardando o próximo WASDE, bem como a decisão de juros nos EUA, que devem acontecer antes do Natal. De qualquer forma, com a chegada das festas de fim de ano, o mercado tende a operar com volume reduzido, com o foco ficando para a safra brasileira conforme é esperado o avanço do plantio após a colheita da soja primeira safra no começo de 2025.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Dados positivos da economia chinesa surpreendem mercado

Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período com uma queda de 3%, sendo negociados na sexta-feira (29) a USD 71,84 bbl. Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, acumulando uma queda de 4,3% na semana, cotados a USD 67,72 bbl. O principal fator de pressão aos preços do petróleo na semana passada se deu na confirmação do acordo de cessar-fogo no Líbano, acarretando forte redução dos prêmios de risco de oferta na região. Paralelo a isso, o baixo otimismo acerca da demanda global da commodity manteve o ímpeto baixista no mercado, auxiliando nas baixas registradas.

 
cAsset 3  DIESEL
Produção brasileira segue fortalecida
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período com uma queda de 3,6%, terminando a sexta-feira (29) em USD 2,193 por galão. Os preços do combustível seguiram trajetória parecida com a do petróleo, em meio à consolidação do acordo de cessar-fogo no Líbano e os receios ao redor da demanda global por combustíveis para os próximos meses. 
 
cAsset 3  GASOLINA
Contratos recuam diante perspectiva de demanda menos aquecida
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB registrou queda de 5,7%, cotado a USD 1,9437 por galão na sexta-feira (29). Em geral, a percepção de um mercado global menos aquecido no final do ano, especialmente na China e nos Estados Unidos, contribuiu para a deterioração dos futuros da gasolina, com o RBOB também acompanhando a tendência de queda do petróleo na semana.
 
 

 

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