Comentários de Abertura

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Os futuros de ações se preparam para outra possível alta recorde durante a noite, com os dados de emprego desta manhã pouco alterando esse sentimento. As ações norte-americanas, até o momento, ignoram amplamente as turbulências políticas na França e na Coreia do Sul, mantendo o foco na futura administração Trump e na reunião do Federal Reserve deste mês. O índice VIX está sendo negociado no nível mais baixo desde julho, próximo de 13 pontos, enquanto o dollar index se fortalece novamente, sendo negociado próximo a 106,7, já que o euro enfrenta riscos devido ao voto de desconfiança na França. Os títulos de 10 anos do Tesouro estão em torno de 4,27%, enquanto os rendimentos dos títulos de 2 anos estão próximos de 4,19%. Os preços do petróleo bruto estão modestamente mais altos devido às expectativas de que a reunião da OPEP+ de amanhã resulte em outro adiamento no aumento da produção, enquanto o setor de grãos e oleaginosas apresentou quedas durante a noite.

O setor privado criou 146 mil empregos em novembro, de acordo com o relatório de emprego da ADP divulgado hoje, ficando abaixo da estimativa média dos analistas de 165 mil. Além disso, o número de outubro foi revisado para baixo, com 184 mil empregos criados, em vez dos 233 mil originalmente relatados. Esse relatório de outubro já havia diferido significativamente do relatório oficial do governo, que apontou uma queda de 28 mil empregos no setor privado. Por isso, o mercado observou os números de hoje com interesse, mas eles pouco alteraram o sentimento geral. O relatório do governo de sexta-feira deve indicar a criação de 200 mil empregos, recuperando-se do número de outubro, de apenas 12 mil, ao combinar os setores privado e governamental. O relatório da ADP de hoje mostrou que o maior crescimento de empregos veio do setor de serviços e de grandes empresas, enquanto empresas menores permanecem mais cautelosas, aguardando para ver como as futuras políticas fiscal e do Fed as afetarão. A contratação no setor manufatureiro foi a mais fraca desde a primavera, segundo o relatório da ADP, enquanto os setores de serviços financeiros e lazer e hospitalidade também tiveram resultados fracos. Educação e serviços de saúde foram os setores com o maior número de contratações em novembro, com 50 mil novos empregos, enquanto o setor manufatureiro perdeu 26 mil. A grande questão continua sendo o relatório do governo referente ao mês de outubro: o resultado ruim foi um reflexo dos furacões que atingiram o sudeste do país? Se sim, houve tempo suficiente para que as empresas impactadas se recuperassem e voltassem a contratar? Os dados semanais de pedidos contínuos de auxílio-desemprego sugerem que não, enquanto o mercado espera que os dados de sexta-feira mostrem uma recuperação em novembro.

O governo francês pode ser derrubado hoje por um voto de desconfiança, mergulhando a segunda maior economia da Europa em uma crise política ainda mais profunda, enquanto enfrenta graves déficits fiscais. Caso isso ocorra, o governo do primeiro-ministro Michel Barnier será derrubado, exigindo que outra liderança forme uma coalizão para governar o país. O presidente Emmanuel Macron iniciou a turbulência ao convocar uma eleição antecipada em junho, embora seu mandato se estenda até meados de 2027. O orçamento proposto por Barnier para resolver os problemas fiscais da França tentava reduzir o déficit, atualmente em 6% do PIB. O plano previa um aumento de impostos de 60 bilhões de euros (63 bilhões de dólares) e cortes de gastos, reduzindo o déficit para 5% do PIB. Contudo, a população não quer enfrentar os custos de impostos mais altos e a perda de benefícios. Para fins de comparação, o déficit dos EUA este ano é de 6,4% do PIB, acima dos 6,2% do ano anterior. O presidente eleito Donald Trump prometeu resolver o problema criando o Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk e Vivek Ramaswamy, com cortes de gastos de 30%. No entanto, eles enfrentarão desafios semelhantes na implementação das propostas. Na Argentina, o governo Milei tem obtido algum sucesso em enfrentar o déficit fiscal, mas apenas porque os problemas se tornaram tão graves que a população finalmente aceitou pagar o preço, incluindo taxas de inflação anual superiores a 200%.

A administração Biden impôs novas restrições à indústria de chips da China esta semana, com o presidente Xi Jinping respondendo com medidas de retaliação e alertando as empresas chinesas sobre o uso de chips desenvolvidos nos EUA considerados "inseguros". Isso reflete uma escalada das tensões entre os Estados Unidos e a China. Vale lembrar que, historicamente, tensões anteriores mantiveram o comércio agrícola relativamente isolado, e até agora esse é o caso aqui também. No entanto, é evidente que a China tem redirecionado suas compras dos EUA para outras fontes. Pode-se dizer que essa mudança está relacionada ao aumento das tensões, o que faz sentido, mas também sabemos que compradores chineses são altamente sensíveis ao valor, e o dólar forte dificulta a competição com fornecedores alternativos de países como Brasil, Argentina e Ucrânia, que possuem moedas mais fracas. Isso ocorre em um momento em que faltam diretrizes da seção 45Z para subsidiar a produção doméstica de biodiesel, diesel renovável e combustível sustentável de aviação, com efeito a partir de 1º de janeiro. A Reuters relatou na terça-feira que a administração Biden não buscará concluir essas diretrizes antes de 20 de janeiro, quando a administração Trump assumirá, e não se sabe onde essas diretrizes estarão na lista de prioridades da nova equipe. A produção de etanol deve continuar no ritmo atual, mas a produção de diesel verde e SAF deve cair, reduzindo a demanda por óleo de soja por um período desconhecido.

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