Comentários de Abertura
Comentário de Matt Zeller, Analista Sênior de Inteligência de Mercado
Os mercados de ações dos EUA estão otimistas nesta semana, com os futuros indicando continuidade nos ganhos após os recordes de alta registrados ontem, pós-eleição. Espera-se amplamente que o Federal Reserve anuncie outro corte de juros nesta tarde. Ontem, o Dow Jones registrou seu maior ganho diário desde 2022, subindo 1.500 pontos; o Bitcoin atingiu uma máxima histórica, ultrapassando US$ 76 mil; e o dólar alcançou seu nível mais alto desde julho. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA está estável esta manhã em 4,42%, após um aumento ontem. O índice de volatilidade VIX continua em queda, agora abaixo de 16 pontos.
O Federal Reserve encerrará sua reunião de política monetária de novembro nesta tarde, com o mercado praticamente certo de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros. As probabilidades também são altas para outra redução de 25 pontos-base em dezembro ou janeiro, seguida por mais um a três cortes ao longo de 2025. No entanto, a recente eleição do Presidente Trump pode complicar os planos de longo prazo do Fed; embora Trump seja favorável a juros baixos, mudanças em políticas fiscais, como impostos, gastos e tarifas, podem reacender a inflação. Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump foi um crítico frequente do presidente do Fed, Jerome Powell, apesar das taxas de juros baixas e da inflação controlada.
Os novos pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada em 2 de novembro ficaram próximos às expectativas do mercado, registrando 221 mil solicitações (previsão de 222 mil). O número da semana anterior foi revisado levemente para cima, de 216 mil para 218 mil. Essa foi a primeira alta semanal em um mês, após três quedas consecutivas. Já os pedidos contínuos de seguro-desemprego, referentes à semana encerrada em 26 de outubro, superaram as estimativas, totalizando 1,892 milhão (previsão de 1,873 milhão), embora o número da semana anterior tenha sido revisado para baixo, de 1,862 milhão para 1,853 milhão.
Os exportadores dos EUA venderam 108,9 milhões de bushels (2,76 milhões de toneladas) de milho para o mercado externo na semana encerrada em 31 de outubro, superando os 92,0 milhões de bushels (2,33 milhões de toneladas) da semana anterior e os 40,0 milhões de bushels (1,01 milhão de toneladas) da mesma semana da temporada passada. Ainda assim, o volume ficou abaixo dos 141,8 milhões de bushels (3,60 milhões de toneladas) registrados duas semanas antes. As recentes vendas robustas elevaram o total de vendas de milho desde 1º de setembro para 1,125 bilhões de bushels (28,57 milhões de toneladas), 365 milhões de bushels (9,27 milhões de toneladas) à frente do ritmo do ano passado, enquanto o USDA projeta um aumento modesto de apenas 33 milhões de bushels (840 mil toneladas) nas exportações anuais de milho. O México se destaca como o principal comprador, com mais de 470 milhões de bushels (11,93 milhões de toneladas) adquiridos para a safra 2024/25, 121% acima do ritmo do ano anterior. O segundo maior comprador é classificado como "desconhecido", com 252 milhões de bushels (6,40 milhões de toneladas), mais de três vezes o volume do mesmo período do ano passado. As exportações de soja também foram expressivas nesta semana, com vendas próximas de 75 milhões de bushels (2,04 milhões de toneladas), no topo das estimativas do mercado. O total de vendas de soja chegou a 1,040 bilhão de bushels (28,30 milhões de toneladas), cerca de 150 milhões de bushels (4,08 milhões de toneladas) acima do ritmo do ano passado, enquanto o USDA prevê um aumento de 155 milhões de bushels (4,21 milhões de toneladas) nas exportações totais para 2024/25.
Vendas de exportação de milho dos EUA (acumulado - milhões de bushels)
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