Na última quarta-feira (18), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão com leves quedas, sendo negociados a USD 73,65 bbl (-0,07%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 70,91 bbl (-0,39%).
Apesar da queda dos estoques de petróleo e o aumento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio, os preços da commodity foram pressionados em meio às perspectivas de que a decisão do Fed de uma redução maior da taxa de juros norte-americana sinaliza que o banco central do país demorou para iniciar o ciclo de cortes, gerando impactos negativos maiores para setores importantes da economia dos EUA.
Hoje pela manhã (19), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 74,39 bbl (+1,00%) até as 08h40. O aumento das tensões entre Israel e Hezbollah após novos ataques no Líbano alimenta os receios em relação à uma escalada da guerra no Oriente Médio.
DOE surpreende com queda nos estoques De acordo com o relatório divulgado pelo DOE, as reservas de petróleo operaram com uma queda de 1,63 milhão de barris na semana passada, movimento contrário ao publicado pelo API, que apontou expansão do indicador em 1,97 milhão de barris. A forte baixa ocorreu principalmente pelos estoques de Cushing (1,98 milhão), em meio a um avanço significativo das exportações da commodity e uma demanda doméstica que se mantém acima das máximas históricas dos últimos cinco anos para o período. Dessa forma, as reservas comerciais de petróleo passam a operar abaixo dos níveis observados em 2023, influenciado também pelo repasse contínuo dos estoques para as SPR. Em relação aos derivados, foi observado uma certa estabilidade das reservas, movimento que também surpreendeu o mercado em meio às expansões registradas pelo API em 2,34 milhões de barris para a gasolina e 2,3 milhões de barris para o diesel. Vale destacar que os impactos da passagem do Furacão Francine na região da Costa do Golfo serão observados apenas no relatório da próxima semana.
Israel promove novos ataques no Líbano Na tarde de ontem, novas explosões de equipamentos utilizados pelo Hezbollah foram registradas no Líbano, com as principais suspeitas apontando para o Mossad – agência de inteligência de Israel – como responsável pelo evento. A situação acabou aumentando ainda mais as tensões na região, já infladas pelas explosões de pagers observadas no dia anterior, o que alimentou os receios do mercado sobre uma escalada da guerra para o Líbano. Na manhã de hoje (19), o Hezbollah confirmou o lançamento de mísseis contra bases militares israelenses, que foram interceptados por Israel. Nos próximos dias, o mercado deve se manter atento à evolução da situação na região, com a preocupação sobre a entrada de novos agentes na guerra e eventuais dificuldades logísticas para o transporte de petróleo ficando no radar dos especuladores.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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