Na última terça-feira (17), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo negociados a USD 73,7 bbl (+1,31%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 71,19 bbl (+1,57%).
O petróleo operou em alta por mais uma sessão, a qual levou os contratos do Brent para o maior valor desde o início de setembro e contribui para reverter a deterioração observada na última quinzena. Em geral, diversos fatores altistas influenciaram o mercado, seja na frente macroeconômica, com a expectativa do início do corte de juros do Fed nessa quarta-feira, tanto considerando fundamentos do mercado, dado que parte da produção americana e da Líbia seguem reduzidas – aumentando o prêmio de risco da commodity.
Hoje pela manhã (18), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 72,11 bbl (-1,22%) até as 08h15. Expectativas divergentes sobre o corte de juros do Fed e o registro de aumento dos estoques americanos pelo API pressionam os contratos do petróleo no início do dia.
API registra queda dos estoques De acordo com o API, as reservas de petróleo nos Estados Unidos avançaram na última semana em 1,9 milhão de barris, o que representa mais uma alta das reservas e uma retomada mais consolidada ao padrão sazonal do indicador. As estimativas do mercado apontavam para uma estabilidade das reservas na semana, o que parecia ser influenciado por uma menor demanda interna conforme as refinarias seguiram reduzindo seu fator de utilização. Em geral, o período entre setembro e novembro costuma registrar altas consecutivas dos estoques americanos após o período de maior consumo de combustíveis. Entretanto, caso essa alta seja confirmada pelo DOE na proporção registrada pelo API, significaria uma contração mais acelerada de demanda interna que em anos anteriores, além de afastar o indicador dos níveis observados em 2023.
Considerando os derivados, tanto o API quanto as estimativas do mercado apontam para uma recuperação maior das reservas, com gasolina e diesel avançando mais de 2,3 milhões de barris na semana. Dado que a FUT das refinarias vem em queda, essa variação dos estoques deve representar uma contração maior da demanda interna por combustíveis – esperado para o caso da gasolina considerando a sazonalidade de anos anteriores, mas menos comum para o diesel, cujo patamar de consumo costuma se recuperar a partir de setembro em anos anteriores. Ademais, em geral, o relatório oferece pressão baixista sobre os preços do petróleo ao sinalizar uma desaceleração sazonal mais forte do mercado americano de petróleo.
Tensões no Líbano voltam chamar atenção Na terça-feira (17), a explosão simultânea de pagers pertencentes a integrantes do Hezbollah, no Líbano, fez voltar a atenção do mercado novamente para as tensões no Oriente Médio após acusações de que Israel estaria por trás da ação. O ataque resultou em milhares de feridos e pelo menos nove mortes, conforme foram alocados explosivos próximos à bateria desses equipamentos que foram acionados simultaneamente no dia. O episódio retoma as tensões na região, especialmente para a ação do grupo armado no Líbano, que vem aumentando ações contra tropas israelenses nos últimos meses. Isso pode contribuir para aumentar os prêmios de risco no Oriente Médio a depender da evolução das ofensivas entre as partes, mas ainda parece ter impacto menor para os preços do petróleo diante outros fundamentos altistas verificados nas últimas sessões.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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