Na última segunda-feira (16), as cotações de futuros do Brent encerraram a sessão em alta, sendo negociados a USD 72,75 bbl (+1,59%). Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, cotados a USD 70,09 bbl (+2,10%).
A redução das exportações na Líbia e os impactos da passagem do Furacão Francine na Costa do Golfo manteve os prêmios de risco de oferta do petróleo na África e nos EUA. Paralelo a isso, as perspectivas mais otimistas sobre a decisão do Fed em relação à taxa de juros contribuíram para a escalada das cotações do óleo bruto.
Hoje pela manhã (17), o contrato do Brent para vencimento em novembro/24 é negociado em torno de USD 72,38 bbl (-0,51%) até as 08h00. Os dados negativos ao redor do refino chinês acabam pressionando para baixo as cotações do petróleo, interrompendo o suporte causado pelas expectativas sobre o Fed e os receios em relação à oferta norte-americana da commodity.
Perspectivas sobre Fed são otimistas Na sessão de ontem, o mercado pareceu voltar a ativos de maior risco em meio às perspectivas mais otimistas em relação à decisão do Fed sobre a taxa de juros norte-americana. De acordo com o Relatório de Fechamento de Câmbio da StoneX:
Essa expectativa de uma redução mais agressiva da taxa de juros básica dos EUA acabou influenciando em uma percepção mais positiva sobre a economia norte-americana, com essas apostas se estendendo também para o mercado de petróleo e derivados, influenciando nas altas dos preços da sessão passada.
Produção se recupera na Costa do Golfo De acordo com os dados divulgados pelo BSEE, cerca de 12,2% – ou 213 kbpd – da capacidade produtiva de petróleo na Costa do Golfo dos EUA seguiu sem operação nessa segunda-feira (16). Tal situação ocorre em meio ao processo de manutenção e reparo de plataformas, com 24 unidades se mantendo evacuadas. Apesar dos problemas em relação à passagem do Furacão Francine na região, vale destacar que a retomada das atividades vem se mostrando acelerada, dado que o pico da interrupção da oferta ocorreu na última sexta-feira (13), quando 41,9% da capacidade produtiva estava offline. Paralelo a isso, o mercado entende que os centros de extração de petróleo e gás acabaram sendo os mais impactados pela ocorrência climática, ao passo que a infraestrutura das refinarias sofreu menos, com os fluxos tendendo a se normalizar mais rápido. Ainda assim, vale destacar que as preocupações ao redor dos impactos sobre os terminais de exportação de petróleo seguem altas, com os agentes buscando entender qual o volume que deixou de ser enviado ao exterior. Dessa forma, os dados do DOE a serem divulgados nessa quarta-feira (18) e na próxima serão importantes para a compreensão do cenário de O&D da commodity ao longo do período citado.
Capacidade de produção de petróleo impactada pela Furacão Francine
Fonte: BSEE. Elaboração: StoneX.
TABELA DE COTAÇÕES - FECHAMENTO DO DIA ANTERIOR
Fonte: ICE, NYMEX. Elaboração: StoneX.
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