Diário de Petróleo

Queda dos estoques nos EUA pressiona petróleo
 
Bruno Cordeiro
Isabela Garcia

Na última quarta-feira (27), as cotações de futuros do Brent e WTI encerraram a sessão em queda, com o primeiro sendo cotado a USD 86,09 bbl (-0,19%) e a referência norte-americana a USD 81,35 bbl (-0,33%).

Os futuros do petróleo se mantiveram pressionados na sessão passada em meio a alta dos estoques da commodity nos EUA que, apesar de uma demanda aquecida, segue registrando uma produção alta e importações fortalecidas. Somado a isso, a expansão não esperada das reservas de gasolina também auxiliou no movimento de queda das cotações.

Hoje pela manhã (28), a sessão abriu em alta, com o contrato do Brent para vencimento em maio/24 operando em USD 87,20 bbl (+1,07%) até as 08h30. A expansão dos estoques divulgada pelo DOE menor do que o evidenciado pelo API no dia anterior traz a percepção de um mercado americano mais apertado do que o esperado pelos agentes financeiros que, somado aos riscos de oferta, contribui para a escalada das cotações observada hoje.


Estoques de petróleo crescem nos EUA De acordo com os dados divulgados pelo DOE, as reservas de petróleo dos EUA cresceram 3,16 milhões de m³, volume menor do que o apontado pelo API, que havia registrado alta em 9,34 milhões de barris no dia anterior. A expansão das reservas reflete um avanço acelerado das importações (6,7 mbpd), ao passo que as exportações operaram em queda (4,18 mbpd). A contínua recuperação da demanda doméstica (15,9 mbpd) foi um dos fatores que impediram uma alta mais significativa das reservas ao longo do período, com o fator de utilização das refinarias operando em alta pela sexta semana seguida, alcançando 88,7%, em linha com o observado no mesmo período de 2022.

As reservas de gasolina também operaram em alta, de 1,29 milhão de barris, seguindo caminho contrário ao apontando pelo API (-4,44 milhões) e das estimativas do mercado (-1,7 milhão). Apesar da queda da oferta doméstica, os estoques se mantiveram suportados em meio a uma redução da demanda doméstica e das importações, que se distanciaram das máximas históricas para o período. As reservas de diesel, por outro lado, tiveram queda de 1,18 milhão de barris, também se movimentando de maneira contrária ao API (+531 mil) e ao mercado (+1 milhão), em meio a sinais de recuperação do consumo externo e um avanço das exportações ao longo do período.

China deve reduzir processamento em abril De acordo com fontes comerciais, apesar do crescimento da demanda de petróleo pela China entre janeiro e março – principalmente na região sudeste do país, com o fator de utilização das refinarias próximo a 82% – é esperado que, a partir de abril, o processamento da commodity reduza em meio ao início do processo de manutenção programada em quatro importantes refinarias do país. As estimativas mais recentes apontam que cerca de 900 kbpd da capacidade de refino deverá ficar inoperante ao longo do período, fator que já resultou em uma redução das cargas requisitadas para o próximo mês. Diante disso, as expectativas do mercado é de que a redução do consumo de óleo bruto acarrete queda das exportações de combustíveis pela China, em meio a um cenário de crescimento da demanda doméstica por derivados de petróleo, principalmente nos primeiros meses do ano, reduzindo o excedente exportável.

Gás Natural
  • Os preços do gás natural nos EUA fecharam a sessão de ontem em alta, com o contrato mais ativo do Henry Hub operando em USD 1,718/MMBTU. No Brasil, considerando o contrato da Petrobras 2024/25, os preços do gás natural operaram com uma baixa de -0,19% na sessão passado, alcançando USD 10,24471/MMBTU.
  • Hoje, o contrato mais ativo do Henry Hub amanheceu com baixa de -1,11%, alcançando USD 1,699 MMBTU, ao passo que os preços do gás natural do Brasil - considerando Petrobras 24/25 - operam em alta de 1,00%, próximos a USD 10,347 MMBTU.
TABELA DE COTAÇÕES (FECHAMENTO DA ÚLTIMA SESSÃO)

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Fonte: NYMEX, ICE, S&P, StoneX.

Tags relacionadas: Energia

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